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Pequenos Grupos

Written By Casa de Oração Cehab on 13/10/2013 | 23:48

Mateus 28.18-20 – Marcos 16.15

Introdução:

            Qual o papel dos pequenos grupos na vida de uma igreja local? A qualidade de vida espiritual dos membros de uma igreja melhora quando a mesma trabalha com pequenos grupos? O Evangelismo se torna mais eficaz com a implantação dos pequenos grupos na vida da Igreja? Como é o funcionamento de uma Igreja que desenvolve um trabalho eficaz no contexto dos pequenos grupos? O presente estudo visa trazer luz a esses questionamentos e na direção e orientação do Espírito Santo, trazer suporte para a implementação e gestão dos pequenos grupos na vida da igreja local.

I – A IGREJA QUE FUNCIONA COM DUAS ASAS

            Pode se comparar o funcionamento da Igreja com uma águia que para voar necessita de duas asas.  A primeira é a asa dos pequenos grupos é a chamada Asa Comunitária. Essa é a asa do cotidiano onde os membros alcançam os perdidos onde eles estão. É a igreja que funciona através dos relacionamentos que são trabalhados no dia-a-dia. O projeto dos pequenos grupos na vida da igreja está diretamente ligado aos relacionamentos e relações interpessoais. A outra asa da Igreja é a Asa da Celebração. É a asa da Igreja reunida onde os pequenos grupos se juntam para adorar e celebrar o Salvador Jesus Cristo. Nesses momentos ela também tem a oportunidade de, através da celebração que oferece a Deus, estar anunciando a Salvação de Cristo aos perdidos.

II – COMPREENDENDO A ESTRUTURA DOS PEQUENOS GRUPOS

Para entendermos mais desse projeto de bênçãos na vida da Igreja é necessário buscarmos respostas para algumas perguntas:

1-    O que são os Pequenos Grupos?
2-     Qual a finalidade dos Pequenos Grupos?
3-    Porque são necessários os Pequenos Grupos?

1 – O QUE SÃO OS PEQUENOS GRUPOS?

            São pequenos grupos compostos por irmãos da igreja local, que se reúnem em casas ou outras dependências com a finalidade de promover a edificação dos crentes e contribuir significativamente para a evangelização da cidade.

            A ideia é ter vários pequenos grupos na cidade, se reunindo num mesmo dia para que dessa forma possa haver edificação na vida dos crentes e o evangelho possa chegar a muitas vidas que estão precisadas da Salvação de Jesus.

            Os Pequenos Grupos podem também se reunir em outras dependências que não sejam as casas, contudo, preferencialmente, os crentes devem se reunir nos lares. Essa é a ideia básica do projeto Pequenos Grupos na vida da Igreja.

            Os Pequenos Grupos se reúnem uma vez por semana. É importante que toda a igreja esteja se preparando para esse maravilhoso encontro, onde vidas serão edificadas com a adoração e a celebração que estarão oferecendo ao Senhor.

            A estrutura do Pequeno Grupo

-          Líder
-          Auxiliar do líder.
-          Secretário.
-          Vidas que participam do grupo.

1.1 – O Líder.
           
            O líder é aquele que guia, lidera o grupo. Ele tem a responsabilidade de cuidar das vidas que participam de seu grupo. É ele também quem coordena os encontros semanais, que normalmente acontecem em sua casa: divulgação, implementação, organização, direção... Tudo isto, deve estar sob a direção e coordenação do líder do grupo. É muito importante a criatividade no processo da liderança. O líder poderá programar muitas coisas que estarão somando e trazendo o envolvimento de todo o grupo.

1.2 – O Auxiliar do Líder.
           
            O Auxiliar, como a própria palavra já declara, é aquele que auxilia. Então, entendemos que a responsabilidade do Auxiliar do líder é ajudá-lo na liderança. Ele precisa estar sempre preparado para assumir a responsabilidade na ausência do líder, ou quando o líder o solicitar. Cabe ao líder também, prepará-lo para quando for haver a divisão do grupo, o auxiliar se encontrar em condições de se tornar o futuro líder do novo Pequeno Grupo.

1.3 – Secretário:

            O secretário deverá:

-          Controlar a frequência através do “diário de frequência”
-          Preparar relatórios.
-          Cartas aos aniversariantes.
-          Materiais de divulgação do grupo.
-          Cartões de boas-vindas aos novos participantes.
-          Estar atento para qualquer situação onde seja necessária a sua atuação.
  
1.4 – Participantes do Grupo.

            A participação de vidas no processo do Pequeno Grupo é de real importância. É fundamental que se comece com os membros da igreja. Mas é preciso que esse grupo atinja a comunidade onde ele está inserido.  Sendo assim o Pequeno Grupo estará ganhando almas para Jesus, e naturalmente gerando outro Pequeno Grupo que posteriormente estará também ganhando mais almas e gerando outro Pequeno Grupo. Esse é o Projeto de Deus para a vida de nossa Igreja.
                       
2    – QUAL A FINALIDADE DOS PEQUENOS GRUPOS?

2.1   - Adoração Coletiva ao Senhor.

A Bíblia nos afirma em João 4.23 que Deus procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Em Atos 16.25, encontramos uma realidade maravilhosa do que seja a adoração coletiva. Paulo e Silas estavam presos, mas nem a cadeia e os açoites impediram a esses servos de Deus de adorarem ao Senhor e contagiarem os que estavam presentes com esta adoração. Quando o Pequeno Grupo se reúne, ele tem a oportunidade de oferecer ao Senhor uma maravilhosa celebração, onde a adoração coletiva sem dúvida estará presente.
Neste encontro de bênçãos, vidas estarão adorando ao Senhor com suas vidas, com o louvor, com suas atitudes. Enfim, a manifestação da glória de Deus será uma realidade na vida de seus verdadeiros adoradores.

2.2   - Oração em conjunto

Em Gálatas 6.2 lemos: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”. Lemos também em Efésios 6. 18. “Com toda a oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos...” Nas reuniões dos Pequenos Grupos, Deus também concede a oportunidade do envolvimento em oração conjunta. Nesse momento, os novos convertidos podem aprender a orar, as necessidades dos irmãos podem ser colocadas de forma espontânea e assim os irmãos orarem objetivamente. A oração move o coração de Deus; se não há oração não há também o mover do Espírito de Deus. É fundamental que os Pequenos Grupos tenham um tempo para se envolverem com a oração em conjunto.

2.3   - Oportunidade de aprender da Palavra de Deus.

O Salmo 119.11 nos afirma: “Guardei no coração a tua Palavra para não pecar contra ti”.  A Palavra de Deus é o manual do crente; é ela que nos orienta, nos conforta e nos direciona. Ela nos molda para sermos bênçãos nas mãos do Senhor. É preciso que o crente saiba manejar bem esta Palavra. (IITm 2.15). Participando dos Pequenos Grupos os crentes aprenderão da Palavra de Deus. Serão alimentados por ela. As lições que são apresentadas nos Pequenos Grupos são totalmente embasadas na Palavra de Deus, e sempre trazem desafios para o crente melhorar sua vida diante do Senhor.

2.4   - Deus usando seus servos com os dons do Espírito Santo.

Apesar dos encontros nos Pequenos Grupos serem de forma informal, é importante que não se perca o referencial de que nesses encontros, assim como na igreja, estamos oferecendo uma celebração ao Senhor. Nesse lar está representada a Igreja do Senhor Jesus, através das vidas dos crentes que participam do grupo. Portanto Deus também nos dá a oportunidade de servirmos a Ele com os nossos dons. É oportunidade também de descobrir o dom que Deus tem me dado e usá-lo para louvor da Sua glória. Existe um maravilhoso hino que diz: “a cada crente Deus dá um dom...” e sem dúvida esse dom é dado para ser usado para o bem da Igreja do Senhor.

2.5   - Demonstração de Amor.

A Palavra de Deus nos afirma em Mateus 22.37,39 “Ame ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento...  Ame ao seu próximo como a si mesmo”. Com o desenvolvimento do grupo familiar, os laços de amizade, confraternização e principalmente a demonstração de amor são aumentados. Naturalmente cria-se um vínculo maravilhoso entre os irmãos que passam a demonstrar de forma natural o amor de Deus. No grupo familiar Deus dá a oportunidade de demonstração de amor para com o próximo.

2.6   - Comunhão, edificação e unidade.

Naturalmente os crentes se envolvem e a comunhão a edificação e a unidade passam a fazer parte deste grupo.

a)    Comunhão

Na palavra comunhão temos a junção de duas outras palavras: “comum” e “união” – a palavra significa “União comum”.  Isto é maravilhoso; os membros do Pequeno Grupo passam a experimentar uma união que é comum a todos. Eles sabem que estão unidos por um propósito divino como Igreja viva do Senhor Jesus.

b)    Edificação

A palavra edificação vem de edificar, construir. Os que participam da vida de um   Pequeno Grupo são edificados mutuamente. O grupo cresce e experimenta grandes milagres vindos de Deus.

c)    Unidade
     
Unidade quer dizer “um” – É assim na vida de um Pequeno Grupo. A unidade passa a se fazer presente. Os alvos, as metas, os propósitos são os mesmos. Todos caminham numa mesma direção. Há um empenho natural na vida de todos para se chegar aos objetivos traçados. O amor é colocado em prática e a unidade estabelecida na vida do Grupo.

2.7   - Evangelismo.

Como resultado, esse movimento de bênçãos atinge a comunidade, que também começa a participar desse Pequeno Grupo. Cumpre-se então na vida dos Pequenos Grupos da Igreja o que aconteceu com a Igreja Primitiva. Em Atos 2.42-47, após vermos as maravilhosas bênçãos que Deus proporcionou à vida daquela igreja encontramos uma expressão que nos fala profundamente.  A Palavra de Deus nos afirma que aquela Igreja “caiu na graça do povo”. Ela caiu na simpatia do povo. As pessoas começaram a se envolver com a igreja e foram alcançadas pelo Evangelho de Salvação do Senhor Jesus Cristo. Isto, sem dúvida, Deus quer realizar através dos grupos familiares de nossa igreja. Deus quer salvar vidas em nossa cidade. Deus conta conosco.

3-   PORQUE SÃO NECESSÁRIOS OS PEQUENOS GRUPOS?

            Evangelizar é ordem de Jesus. (Mt. 28.18-20) – Para realizar tarefa tão nobre, tão especial, a Igreja do Senhor Jesus, tem sido equipada biblicamente com vários métodos de evangelismo. Louvado seja o nome do Senhor Jesus, por esta ferramenta tão especial que Ele tem dado para a sua Igreja, os Pequenos Grupos.

            Eles são necessários em razão de ser uma ferramenta simples e prática na vida da Igreja Local. O modelo também é Bíblico e foi a chave do sucesso da Igreja Primitiva. Essa era a forma de trabalho da Igreja do primeiro século. (Atos dos Apóstolos).

            Através desse maravilhoso projeto, toda a igreja estará tendo a oportunidade de cumprir com o seu propósito maior que é glorificar a Deus (adoração) e evangelizar aqueles que estão perdidos.

            Através da dinâmica dos Pequenos Grupos a Igreja experimentará um processo multiplicativo de almas que serão alcançadas pela Mensagem da Cruz de Cristo. E isto, sem dúvida, será um marco profundo de ampliação na estrutura evangelizadora dessa Igreja.

            A seguir veremos as fases que são vividas na estrutura de uma Igreja que atua através da dinâmica dos Pequenos Grupos.

Etapas básicas do processo dos pequenos grupos:

ü GANHAR (= EVANGELIZAR)

            A Igreja ganha almas para o Senhor Jesus, através dos cultos da igreja, dos cultos em ar livre, evangelismo pessoal, entrega de folhetos, conferências especiais, Pequenos Grupos que é o caso em questão e outros.

ü CONSOLIDAR (= INTEGRAR)

            Esse é o processo em que a igreja estará levando o novo crente a firmar-se na fé e, após o batismo, ser integrado como membro da igreja. Além das ministrações no próprio grupo, a igreja também poderá disponibilizar outros meios para que o novo crente esteja amadurecendo e sendo integrado.

ü TREINAR (= DISCIPULAR)

            Nessa etapa, o novo crente estará sendo treinado, ou seja, discipulado com o objetivo de se tornar maduro espiritualmente e com condições de, sendo chamado pelo Senhor, estar liderando um grupo familiar. Esse treinamento se dá pelo acompanhamento do discipulador, escola dominical, retiros espirituais, nas etapas normais dos Pequenos Grupos, nos treinamentos de liderança, Seminário Teológico Básico e mensagens pregadas pelo pastor...

ü ENVIAR

            O “envio” acontece, quando na direção do Senhor, o discípulo se transforma em um Líder Discipulador. Esse Líder será transformado em um Líder de Pequeno Grupo. Esse processo levará em média um ano e dois meses. É o tempo que se leva normalmente para que uma pessoa seja: gerada, consolidada, treinada e enviada para liderar um Pequeno Grupo. Agora esse crente será na dependência do Senhor um Líder de um Pequeno Grupo da Igreja.

4 – A DINÂMICA DO FUNCIONAMENTO DOS PEQUENOS GRUPOS NA VIDA DA IGREJA

ü Cada pequeno grupo possui uma liderança composta de Líder, auxiliar do líder e Secretário. O Líder é responsável pela coordenação do pequeno grupo, ele tem a responsabilidade de facilitar e tornar funcional a vida do grupo. Nos encontros do grupo, não se deve convidar outras pessoas para dirigirem a Palavra. Por mais “ungidas/consagradas” que sejam. Isso, possivelmente traria problemas para os pequenos grupos que ao longo do tempo estariam fadados a perderem sua identidade, que é a identidade da Igreja num todo.

ü A duração dos encontros semanais deve ser de no máximo 1 h e 30min (90 minutos). Início às 19h e 30min e encerramento às 21h. Deve-se observar a pontualidade nos horários, início e encerramento. Deve-se iniciar com aqueles que se fazem presentes.

ü Esta deve ser a divisão do tempo para o bom aproveitamento nos encontros. Algumas alterações circunstanciais na dependência do Espírito Santo poderão acontecer. Contudo, o padrão estabelecido pela Igreja deverá ser o que se segue.

v Encontro – (15 minutos) – Palavra introdutória do Líder, oração, quebra-gelo. A informalidade deve ser a tônica.

v Momento de Louvor e Adoração – (15 minutos) – Leitura da Palavra de Deus seguida de adoração e louvor.

v Edificação – (40 minutos) – Esse é o momento onde o líder leva o grupo a reflexão na Palavra. Com base na mensagem que foi pregada na celebração do Domingo, através de perguntas o líder levará o grupo a tirar lições práticas para o dia-a-dia, buscando assim o crescimento e amadurecimento espiritual.

v Evangelização – (20 minutos) – Esse é o momento de apresentarmos o nosso círculo de amizades e familiares diante do Senhor. Contamos nossas experiências de evangelismo pessoal e planejamos estratégias o alcance de outras pessoas através do nosso testemunho pessoal. É também momento de avisar aos novos alcançados dos dias e horas dos cursos de discipulados individuais. A seguir, em grupos de 3 pessoas, com orações por necessidades pessoais, a reunião é encerrada.

   ü Os encontros devem acontecer de maneira informal, isto é, os participantes devem se sentar em círculo, incluindo o líder e todos que participam igualmente. Não deve haver monopólio por parte de ninguém, inclusive do líder.

   ü As oportunidades para testemunho devem acontecer, contudo, não poderão exceder a 4 minutos. A cada semana um participante do grupo deverá ter oportunidade para contar seu testemunho. Isto gerará fortalecimento aos participantes do Pequeno Grupo.

   ü O pequeno Grupo conta com a Unção do Espírito Santo de Deus. Milagres acontecerão, vidas serão alcançadas por Cristo e transformadas pelo Poder de Deus. Vidas serão cheias do Espírito Santo e usadas em dons e ministérios para a edificação e crescimento da Igreja.

   ü De forma mútua, os participantes do grupo devem se estimular a comparecerem aos Encontros de Celebração da Igreja.

   ü Nada poderá competir com as reuniões semanais dos pequenos grupos. Nenhuma outra reunião poderá anular o encontro do pequeno grupo.

   ü O número ideal de membros para os pequenos grupos é de 12 membros. Sempre que o número atingir 18 vidas arroladas, deverá haver a multiplicação formando assim um novo pequeno grupo. Isto facilitará a comunhão, o aprendizado e a atenção ao não membro e visitantes.

   ü O Espírito Santo em sua Soberania é quem dirige as ações dos Pequenos Grupos.
Conclusão:

            De forma simples e objetiva pudemos aprender um pouco sobre os Pequenos Grupos na vida da Igreja local. Houve também a compreensão plena da necessidade emergente de se usar essa ferramenta tão eficaz na vida da Igreja. O querer de Deus é que todos os membros estejam envolvidos na proclamação do Reino de Deus. Isto se dá quando os membros entendem e vivenciam a adoração que é devida ao Senhor e a anunciação do Nome de Cristo aos perdidos. Com a Igreja envolvida na dinâmica dos pequenos grupos, esses valores se tornarão evidentes em toda a Igreja que de forma natural cumprirá sua missão como Agência de Cristo na terra. Que o Senhor Deus nos dê forças e suprimento para que num futuro próximo possamos ver a Casa de Oração da Cehab, em sua totalidade, envolvida e compromissada com a Obra do Senhor Jesus e que possamos dizer com muita alegria. “Maranata, ora vem Senhor Jesus!”
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BIBLIOGRAFIA

- Bíblia Sagrada
- Apostila de Igreja em Células. Pr. Ivo Gomes do Prado 1ª Edição – 07/1997 - 2ª edição – 03/2000
- Grupos Familiares – Um modelo Brasileiro. Claudio Ernani Ebert. Ed. Vida


Pr. Waldyr Silva do Carmo.
Igreja Casa de Oração Cehab.
Itaperuna. RJ

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