Written By Igreja Assembléia de Deus Ministério Bethel on 12/05/2014 | 18:07



A próxima vez que alguém disser que Deus não nos dá mais do que podemos suportar, mostre o texto de Juízes, capítulo sete. Deus instruindo Gideão para lutar com mais de 100.000 soldados inimigos com apenas 300 homens, com certeza, se encaixa na categoria de "mais do que alguém pode suportar". Imagine como Gideão e seu servo Purá devem ter se sentido ao aceitarem essa tarefa humanamente impossível.


De pé ao lado do monte Gileade, Gideão olhou sobre a planície de Jezreel, que se estendia para o norte em direção ao morro de Moré. A planície era um mar de tendas, com mais de 100.000 guerreiros Midianitas.

Naquela manhã, o Senhor havia julgado que o exército de Israel de 32.000 homens era grande demais para enfrentar os midianitas. Israel pensaria mais de si mesmo do que convém pensar quando Deus lhe der a vitória. Então, Gideão enviou para casa quem estava com medo. E quando 22.000 pegaram a estrada, Gideão teve que acalmar seu próprio medo. Agora Israel estava em desvantagem de dez para um. Mas Deus estava com eles e outros exércitos tinham superado tais chances antes.

Estranhamente, o Senhor considerou estas chances ainda muito em favor de Israel. Assim, em obediência às instruções do Senhor, Gideão levou seu pequeno exército sedento até a fonte de Harode. E deu, ao seu servo, Purá, o comando mais estranho de sua breve carreira militar: “Separe os que beberem a água lambendo-a como faz o cachorro, daqueles que se ajoelharem para beber".

Gideão supervisionou a seleção, mas quando tão poucos foram sendo escolhidos ele deixou Purá terminar a contagem e voltou a subir Gileade para orar e pensar.

Não demorou muito antes de Purá subir. "Então, qual é o total?"

"Trezentos, senhor ", disse Purá.

Gideão riu para si mesmo. " Trezentos". Ele olhou para trás em direção ao mar humano no vale e ficou em silêncio por um momento. "Isso é menos do que eu esperava."

"Sim, senhor", disse Purá. "Mas, felizmente, trezentos não reduz muito a nossa força."

Gideão respirou fundo. "Não, Purá. Trezentos não são as reduções. Eles são o exército. Os outros são as reduções."

Purá ficou atordoado por um momento olhando para Gideão. "O trezentos são o exército?"

Gideão assentiu lentamente, ainda olhando para o Jezreel infestado de Midianitas.

"Mas isso não é um exército! É a quantidade que devem estar guardando a bagagem do exército!"


Purá balançou a cabeça e disse: "Mesmo que nós fossemos todos como os poderosos homens de outrora, trezentos não conseguiriam superar 100.000." Ele fez uma pausa. "E nós não somos como os guerreiros poderosos de outrora." Outra pausa. "E há mais de um 100 mil homens lá em baixo."

Ambos ficaram em silêncio por um tempo. No silêncio, o Senhor falou a Gideão: "Com os trezentos homens que lamberam a água livrarei vocês e entregarei os midianitas nas suas mãos. Mande para casa todos os outros homens."

Então Gideão disse a Purá, "Durante o Êxodo, quantos homens poderosos foram necessários para destruir o Egito e seu exército? E para partir o Mar Vermelho?"

Purá pensou por alguns instantes. "Nenhum".

"Quantos foram necessários para derrubar as muralhas de Jericó?"

"Nenhum".

"Quantos foram necessários para alimentar dois milhões de nosso povo no deserto todos os dias durante 40 anos?"

"Nenhum. Eu entendo o seu argumento."

"Na história do nosso povo, os mais poderosos foram os guerreiros mais fortes", disse Gideão. 

"Os mais poderosos têm sido aqueles que confiaram no Senhor e obedeceram, não importa como as coisas parecem impossíveis. Ele nos prometeu que Midiã será derrotado. Ele escolheu apenas trezentos de nós. Vamos obedecer, e ele vai agir. E quando Midiã cair, ficará claro para todos quem o derrubou." Então ele olhou para Purá e sorriu. "Talvez o Senhor só precise de nós para guardar a sua bagagem!"

Purá não riu. Ele apenas respondeu: "Devemos dispensar os outros?" Gideão assentiu.

Mais tarde naquela noite, no pequeno acampamento, Gideão estava orando. Cada plano de mobilizar 300 contra 100.000 parecia ridículo.

De repente, ele ficou ciente da presença de Deus. Sentou-se, com o coração batendo rápido. O Senhor disse: "Levante-se e desça ao acampamento, pois vou entregá-lo em suas mãos. Se você está com medo de atacá-los, desça ao acampamento com o seu servo Purá e ouça o que estiverem dizendo. Depois disso você terá coragem para atacar".

Gideão acordou Purá e sussurrou, "Vamos".

"Para onde?" Purá perguntou, levantando-se rapidamente.

"Para o campo de Midiã, só você e eu. O Senhor tem algo que ele quer nos mostrar."

Eles silenciosamente rastejaram em direção ao posto mais próximo Midiã, velados pelo céu nublado, e ouviram dois guardas conversando. Gideão chegou bem no momento em que um homem estava contando seu sonho a um amigo. "Tive um sonho", dizia um deles. 

"Diga- me", disse o outro.

"Um pão de cevada vinha rolando dentro do acampamento midianita e atingiu a tenda com tanta força que ela tombou e se desmontou." 

O outro guarda olhou para ele assustado e disse: "Não pode ser outra coisa senão a espada de Gideão, filho de Joás, o israelita. Deus entregou os midianitas e todo o acampamento nas mãos dele".

Gideão e Purá olharam um para o outro com uma expressão atordoada.

Com a fé renovada, Gideão e Purá despertaram seu miniexército e empreenderam um ataque noturno. Este deixou os midianitas em pânico e mataram uns aos outros em confusão. Foi uma derrota. Nenhum dos trezentos de Gideão pereceram na batalha. Deus deu-lhes mais do que eles poderiam suportar para forçá-los a confiar totalmente nele.

Quando somos confrontados com uma situação impossível ou uma prova, a história de Gideão nos diz que "a salvação… vem do Senhor" (Salmo 37:39) e "se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31). Estas não são banalidades. Deus realmente quer que nós lancemos tudo sobre estas verdades maciças e para que elas nos deem uma confiança de quem é mais que vencedor e que nos deem paz (Romanos 8:37), não importa o que enfrentamos.

Não é exagero dizer que a derrota do nosso pecado que Jesus conquistou na cruz supera a vitória de Gideão. Derrotar os midianistas foi uma vitória pequena se compararmos a derrotar a ira de Deus contra o nosso pecado. E se Deus "não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como ele também não nos dará graciosamente todas as coisas"? (Romanos 8:32).

Deus certamente nos dá mais do que podemos suportar. E ele faz isso "para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos" (2 Coríntios 1:9). Se você está enfrentando algum adversário esmagador ou uma adversidade e você quer saber como Deus poderia entregar a vitória e trabalhá-lo para o seu bem (Romanos 8:28 ), então fortaleça o seu coração. Ele está concedendo-lhe a alegria de viver a realidade de Juízes 7, Romanos 8, e II Coríntios 1.

Tradução: Beatriz Rustiguel - Hermenêutica Particular
Revisão: Adrianne de Oliveira
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